Ferreira Gullar

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José Ribamar Ferreira (São Luís, Maranhão, 1930 – Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2016).
Gullar discorda do que considera um racionalismo excessivo da poesia concreta e defende mais a subjetividade, o que resulta na criação do movimento neoconcreto, do qual participam artistas plásticos como Hélio Oiticica (1937-1980), Lygia Clark (1920-1988) e poetas como Reynaldo Jardim (1926-2011).
Poeta, dramaturgo, tradutor e crítico de artes plásticas, aos 18 anos, trabalha como redator no Diário de São Luís, e um ano depois publica seu primeiro livro, Um Pouco Acima do Chão. Em 1951, muda-se para o Rio de Janeiro e em 1954, lança o livro A Luta Corporal e conhece os poetas Augusto de Campos (1931), Haroldo de Campos (1929-2003) e Décio Pignatari (1927- 2012). Gullar participa da fase inicial do movimento concretista, inclusive da 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, realizada no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1956.
No ano seguinte, rompe com os poetas concretos após ler um artigo de Haroldo no Suplemento Dominical do Jornal do Brasil, intitulado Da Psicologia da Composição à Matemática da Composição. Em resposta a esse texto, escreve outro artigo, Poesia Concreta: Experiência Fenomenológica, publicado no mesmo jornal, em 1957.
O Manifesto Neoconcreto é divulgado em 1959, no Jornal do Brasil, e nesse mesmo ano é realizada a 1ª Exposição Neoconcreta. As ideias do movimento são expostas na Teoria do Não Objeto, que Gullar também publica nesse ano. Com a decretação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em 1968, o poeta é preso, juntamente com o jornalista Paulo Francis (1930-1997) e os músicos Caetano Veloso (1942) e Gilberto Gil (1942). Obrigado a exilar-se, em 1971, reside em cidades como Paris, Moscou, Santiago, Lima e Buenos Aires, e envia artigos para o jornal O Pasquim. Escreve no exílio o seu livro mais conhecido, o Poema Sujo (1976). Em 1977, retorna ao Brasil, escreve para o teatro e a televisão. Três anos depois, é publicada uma edição completa de suas poesias, com o título Toda Poesia (reeditada em 1999, com acréscimo de obras recentes). Gullar é reconhecido também como crítico de artes plásticas, tendo publicado vários títulos nessa área, entre eles Sobre Arte (1983) e Etapas da Arte Contemporânea: Do Cubismo à Arte Neoconcreta (1998).